ALEGRIA DE UM SACERDOTE.
Ao terminar
a visita aos paroquianos doentes, uma senhora saiu ao encontro: Senhor Prior,
venha por favor a casa de um rapaz que está muito mal! Um homem que ouviu a
conversa, disse. Va para casa é quase noite faz frio, e não vai adiantar nada,
pois ele não o vai receber. Eu vou! Respondeu o sacerdote que tinha mais
confiança em Deus de que nas sua forças corporais. Ao entrar em casa o rapaz
gritou zangado: que vem cá fazer? Vá se embora, eu não preciso de si. Meu
amigo, respondeu calmamente o pároco, acabo de visitar todos os meus doentes, e
como soube que estava doente de cama, passei por aqui para o ver. Venho com
muito gosto e sem mas intenções. Vejo que ficou um pouco aborrecido mas apesar
de tudo, voltarei todos os dias enquanto o senhor estiver doente. Tenha uma boa
noite! Começou então para o sacerdote uma das grandes provas da sua vida.
Quando saia da paróquia o sacerdote pedia sempre à Virgem Maria, refugio dos
pecadores, que tivesse piedade daquela alma. Ao chegar à aldeia disseram-lhe:
está muito mal está mesmo a morrer! O sacerdote muito confuso, quase que não
tinha coragem de bater à porta. Parou indeciso bateu, entrou e aproximou-se do
leito. O Pároco disse com um tom carinhoso: Meu amigo, chegou a hora de pensar
na sua alma, estou aqui para ajuda-lo! O moribundo começa a estrebuchar e a
insultar o sacerdote. Depois de uma pausa, acrescentou: Estou a morrer mas
ainda tenho forças para ir buscar um pau e dar-lhe uma valente tareia! O
sacerdote aproxima-se do rapaz, senta-se ao pé dele e diz: Aqui me tem mais a
jeito, faça-me o que quiser. O homem calou-se espantado, e Pároco continuou:
Amanhã a esta hora estarei aqui para o confessar e o senhor vai fazê-lo. Saiu
pedindo a Deus e a Nossa Senhora que não abandonasse aquela alma. No dia
seguinte encontrou o doente completamente mudado. Sozinho, sentou-se a seu lado
e começou a rezar lentamente. Despertou nele sentimentos de verdadeira
contrição e depois disse: Deus e Virgem Maria estão entre nós. Não tenha medo,
será muito simples, às perguntas que lhe vou fazer só responderá sim ou não. À
medida que a confissão avançava, as lágrimas do penitente aumentavam. O Padre
pediu a Deus que lhe desse um sinal comprovativo desta alma. Neste momento o
homem começa a falar: Senhor Padre, quero pedir-lhe uma coisa, Deus vai-me
perdoar, mas perdoe-me também. Tratei-o como um cão, quis bater-lhe quis
mata-lo e apesar de tudo o senhor nunca me abandonou, a sua caridade fez-me
pensar. É um homem sério que acredita no que faz, Perdoa-me? O sacerdote
respondeu: Cem vezes se for preciso. O homem conseguiu pôr-se de pé, abraçou o Pároco, depois disto recebeu os
últimos Sacramentos, e no dia seguinte já estava na CASA do PAI.O sacerdote
saiu da casa do moribundo a cantar e a dançar de alegria dando graças a Deus e
a Maria Santíssima por lhe ter concedido a graça de uma alma salvar.