sábado, 10 de março de 2012

A casa de Deus

  A casa de Deus havia sido transformada num verdadeiro mercado. A religião e o Sagrado estavam a ser como meios de exploração e também para acobertar a ganância e as injustiças, sobretudo contra os pobres e marginalizados. Os mercenários aproveitavam-se da ingenuidade e da crença popular para obterem lucros financeiros. Travestidos de sacerdotes,fatansiados de pastores e de doutores da lei, apresentavam ao povo uma imagem totalmente destorcida de Deus. Deus era apresentado como um rei poderoso e injusto. Um rei de coração duro, que não abria mão dos seus altos impostos. Um deus exigente com os pobres e complacente com os ricos e poderosos. Um deus conivente com a maldade e a injustiça. Jesus assumiu para valer a sua natureza humana. Indignado, usou de estrema energia para expulsar os profanadores do templo. Jesus se fez humano para entender melhor a humanidade, mas a cima de tudo, nosso Deus é Santo e neste episódio, Jesus mostrou também os contrastes da sua natureza divina.Com o seu comportamento, Jesus deixou claro que santidade não é constituída só de doçura, amabilidade, compaixão e misericórdia. A santidade transparece também, através da indignação e da energia aplicadas na luta por dignidade justiça e paz. O santo é um profeta que anuncia e que denuncia! O mesmo Jesus doce e amável com os pobres, compassivo com os enfermos e misericordioso com os pecadores, sabe ser duro com os hipócritas e gananciosos que exploram o próximo em nome de Deus. Quantos mercenários estão a transformar a casa de Deus numa enorme rede de supermercado. São os profanadores e exploradores da fé que mais sedo ou mais tarde, terão que prestar contas para um Deus que eles ainda desconhecem; um Jesus que não suporta a mentira e a hipocrisia.         

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