A água é um
elemento importantíssimo para a vida. Sem água, não podemos viver, morreriam as
plantas os animais e o ser humano. É a água que dá a vida. Sem ela aparece a
seca e o deserto, sobre a superfície da terra. O corpo humano contém muita água
e precisa diariamente, de bastante água pura para viver. Sem água límpida, o
nosso físico adoece e morre.
A água é
também um elemento simbólico, frequente e de muito valor, na Bíblia e na vida
do Povo de Deus. Jesus andou sobre as águas, acalmou os ventos e fez outros
milagres, no lago de Genesaré. Ele batizava com água e com o fogo do Espírito
Santo. Todas as liturgias religiosas usam a água como elemento essencial. Os
futurólogos afirmam, sem receio algum, que não tardará muito para chegarmos ao
tempo em que a água custe tanto como a gasolina. Imagino-me numa das variadas
praias de Portugal, com areia amarela e fina, húmida e movediça, tocada de
mansinho pela pele dos meus pés descalços, a olhar para o Sol a pôr-se, no
rubro acaso. Perto de mim, as crianças e os jovens brincam com a areia e os
adultos apanham o sol ou escondem-se debaixo dos guarda-sóis. Mais longe,
alguns tomam banho. O ruido das ondas enche os meus ouvidos de sons e as águas
do mar, em movimento constante, chegam até mim, cobrindo o meu corpo de espuma
e areia fina. Mais tarde o mar serenou. Após alguns momentos, começo a correr
pela praia fora com a cabeça erguida e os braços estendidos, à procura de
abraçar alguém, para lhe manifestar a alegria, a paz e a felicidade, que iam no
meu espírito. Antes do Sol se por, o Espírito levou-me para o alto-mar fonte de
riqueza e de vida-, um barquinho a remos baloiçando pelos ventos e pelos ondas.
À minha volta, só se mexiam a água e alguns cardumes de peixes, de várias cores
e tamanhos, a passar para outros locais. Naqueles breves momentos, senti-me
separado de tudo e de todos. O meu mundo era só água e firmamento! Senti a
minha fragilidade e a força do poder de Deus. Pensei nos pescadores e noutros
aventureiros do mar, nos piratas e descobridores, nos barcos que transportam
riquezas de nação para nação e contaminam as águas e os peixes. Lembrei-me dos
náufragos dos mares e refleti sobre a profundidade e as enormes riquezas dos oceanos…À minha volta o silêncio
era total. Os meus sentidos como uma esponja na água, absorviam e mergulhavam
em inúmeras considerações e sensações diferentes, impossíveis de descrever e de
narrar exactamente. A mais bela e existencial de todas elas foi o sentimento da
presença e do poder do criador.
Comecei a
louvá-Lo pelos mares profundos e pelas suas águas, pelos navios e seus
navegantes e dizer-Lhe, com todas as energias do meu ser: “Neste momento como
me sinto feliz, meu Criador! O meu espírito está cheio de enorme gratidão pele
Tua criação, pelas águas dos oceanos, lagos, rios fontes, pelos peixes e todos
os seres que neles vivem. Sinto-me, totalmente, dependente do Teu poder e das
águas que Tu criaste.
Que elas Te
louvem e catem, Meu Deus, em união comigo e toda a criação. Hoje, senti-Te,
toquei-Te e descobri-Te, mais uma vez aqui neste mar imenso. Aleluia! Eu Te
bendigo para sempre. Glória a Ti, meu Criador e Senhor das águas e dos mares!...
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